Com a interdição, cerca de 700 estudantes ficarão sem aula, no Paraná.
Licença sanitária do local já foi suspensa, e alunos estão sem merenda
Os pombos causam várias doenças graves, que podem levar à morte ou deixar sequelas. Entre elas, estão a salmonelose, a histoplasmose, a criptococose, a ornitoese e a meningite. De acordo com uma estimativa feita pela Vigilância Sanitária, cinco estudantes são atendidos, em média, por mês nos postos de saúde com sintomas de doenças causadas pelos pombos.
A estudante Cíntia Sar está no 3º ano do Ensino Médio. Ela conta que, desde outubro de 2013, ela e os colegas não podem usar a quadra de esportes. “Estamos sem fazer atividades físicas porque é grande o número de pombos que defecam no local”, conta. Entretanto, além de falta de prática de esportes, o que mais preocupa os estudantes é a possibilidade de perder o ano letivo. “Não faríamos vestibular e nem poderíamos ingressar em uma faculdade. Seria decadente”, desabafa Aline Domingues, que também está no 3º ano.
O responsável pela Vigilância Sanitária do município, Jean Carlos da Silva, relata que a escola foi notificada mais de uma vez por causa da infestação de pombos. Como o problema não foi resolvido, a licença sanitária foi suspensa. Assim, por enquanto, está proibida a manipulação de alimentos em qualquer lugar da escola. “As aulas foram reduzidas em 15 minutos para a gente poder ir embora e tomar café em casa”, conta Aline.
A interdição do colégio também preocupa os pais dos estudantes. “É a única escola estadual que os nossos filhos têm. Como é que vamos fazer se as aulas forem canceladas?”, questiona o agricultor José Francisco Pereira.
Em nota, o Núcleo Regional de Educação afirmou que devem ser colocadas telas de proteção na quadra até o dia 29 de setembro.
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